Quase nada se sabe da vida de Téspis, apenas que teria começado a representar num Coro, chegando a ser líder de um deles (possivelmente por ser chefe de uma aldeia). Viajou pela Grécia, sozinho ou com o seu Coro, numa carroça que mais tarde ficaria conhecida como "carro de Téspis" que lhe servia de transporte e de palco para as suas representações.
Em 600 a. C., Árion de Lesbos, um ateniense nascido em Metimna passou a escrever poesia para cantos de coral denominados de Ditirambo. Na época, as apresentações públicas possuíam um carácter litúrgico e não artístico, o povo reunia-se na Ágora de cada cidade para os rituais em favor de Dionísio. Para isso, o coro declamava a poesia e dançava a coreografia inspirada nos cânticos ditirâmbicos. Nessa época, o actor era chamado de hipocritès, ou seja, fingidor ou "respondedor".
Téspis de Ática teve a ousadia de pôr um homem a dialogar com o Coro, imputando-lhe assim a “invenção” do Teatro, dando origem ao diálogo. A esse actor era dado o nome de Protagonista, termo que ainda hoje se usa para designar o personagem principal de uma ficção dramática. No decurso das suas perambulações de uma festividade para outra, chegou a Atenas vencendo o festival em honra de Dionísio, denominado a “Grande Dionísia”. Téspis criou o conceito de "Monólogo" ao apresentar-se na Grande Dionisíaca da Grécia Antiga, munido de uma máscara e vestindo uma túnica, interpretando o deus Dionísio, destacando-se do coro, sobre a sua carroça ("carro de Téspis"). Tal atitude era uma grande ousadia já que esse “papel” estava reservado aos sacerdotes ou aos reis. Tinha passado por cima da autoridade do arconte, o legislador, e criara um argumento artístico dentro de uma apresentação litúrgica politeísta, criando o papel do protagonista num movimento que futuramente ficaria conhecido como Tragédia Grega. Teria também criado o segundo-actor, ou o que mais tarde Ésquilo chamaria de Deuteragonista, ao interpretar de uma só vez dois personagens distintos, usando para isso, duas máscaras, uma no rosto e outra na nuca. Ao que parece, representava textos moralistas que criticavam o comportamento humano. Não se sabe se é verdade ou não, mas também se diz que introduziu as máscaras e os fatos no teatro, se bem que essa honra seja também atribuída a Ésquilo. Também não é seguro se criou ou não um espaço dedicado exclusivamente às suas representações. Fica certamente a referência do seu nome para a história como o primeiro actor e impulsionador da arte teatral.
NOTA: A informação exposta neste artigo foi seleccionada através de uma compilação de dados obtidos no correspondente artigo na wikipedia. IMAGENS:
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