há 7 000 000 anos |
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Sahelanthropus tchadensis, o nosso antepassado comum aos macacos. Segundo os últimos estudos, Sahelanthropus tchadensis terá vivido há cerca de sete milhões de anos no continente africano e foi a partir dessa espécie que os dois ramos evolutivos divergiram. ▼ |
Ao que tudo indica, a nossa aventura humana começa há cerca de sete milhões de anos, algures no interior do continente africano. Nalgum momento se deu o primeiro acto de pioneirismo, o primeiro passo de uma longa evolução, com infindáveis tentativas e erro, que nos trouxeram, de geração em geração, de conquista em conquista, ao nível de conhecimento que temos hoje. Vejamos então alguns dados referentes a esse primeiro hominídeo:
Apelidado de "Toumai", esta é uma espécie de hominídeo descrita em 19 de Julho de 2001 por Michel Brunet, paleontologista francês e professor no Collège de France, com base num crânio que pode ser o mais antigo da linhagem humana, de mais ou menos 7 milhões de anos e pode ser a representação de um "elo perdido" que separou a linhagem humana da linhagem dos chimpanzés. O nome do género Sahelanthropus é formado pela junção de Sahel, região africana onde a espécie foi descoberta, e anthropos, que significa homem em grego. De modo que, literalmente, o termo significa "homem do Sahel". Já o epíteto específico tchadensis refere-se ao Chade, país em que este hominídeo foi encontrado. Esta descoberta poderá mudar o conceito que tínhamos da evolução humana que se iniciou com a descoberta do Australopithecus africanus, o "homem-macaco", em 1925. Porém, alguns pesquisadores, como Wolpoff, disseram ser o crânio de uma fêmea de gorila com traços primitivos. A discussão continuou até 2005, quando mais análises de tipos paleontológicos de Sahelanthropus foram publicadas por Brunet. Os fósseis existentes desta espécie mostram cinco peças de mandíbula e alguns dentes, tornando-se uma cabeça que tem uma mistura de características derivadas e primitivas. A caixa craniana, sendo de apenas 320 cm³ e 380 cm³ de volume, é semelhante à dos chimpanzés actuais e é notavelmente menor do que o volume da caixa craniana humana (de aproximadamente 1.350 cm³). Os fósseis foram descobertos no deserto Djurab no Chade por uma equipa de quatro cientistas liderada por Michel Brunet: Três chadianos, Adoum Mahamat, Djimdoumalbaye Ahounta e Gongdibé Fanoné, e um francês, Alain Beauvilain. Todo o material conhecido desta espécie foi encontrado entre Julho de 2001 e Março de 2002 em três locais. A equipa que descobriu estes fosseis afirma que, pelas suas características, este é o mais antigo ancestral humano conhecido depois da separação da linha humana da dos chimpanzés. CRÉDITOS: A informação exposta neste artigo foi seleccionada através de uma compilação de dados obtidos no correspondente artigo na wikipedia. Imagens: no topo: autor desconhecido, fonte • ao centro: © Élisabeth Daynès (2014) • em baixo: © Didier Descouens (2010); • Video: Odisea de la Especie - Sahelanthropus tchadensis. |